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Ouvi recentemente um episódio do podcast “Para dar nome às coisas”, da Natália Sousa, no qual ela comenta que definiu como meta para o próximo ano ser melhor para si mesma. A resolução parece óbvia, afinal por que iremos ser ruins para nós próprios? Mas autossabotagem, falta de clareza e dependência emocional ainda turvam nossas decisões.
Estou em sincronia com Natália sobre o que também quero levar para 2025. Mas o que é ser melhor para si mesma?
É encher-se de presentes, como viralizou em áudio no Instagram (“Me mimei”)? É reservar mais tempo para a vida pessoal? É comprar o tão sonhado carro? É viajar? Não existe resposta certa, mas individualizada.
No meu caso, ser melhor para mim tem a ver com mais autorrespeito e percepção dos meus limites. É saber quando sair de determinadas situações que não são mais benéficas. Seja em termos de evolução, seja por sanidade mental.
A questão do limite é algo que venho trabalhando com afinco há vários anos. Aprender a dizer não é um verdadeiro processo. Para uns, atitude fácil, para outros como eu, um revirar de entranhas.
Nesse caminhar, tenho percebido também que não basta apenas dizer não. Há vezes que é necessário mudar um contexto, sair de toda uma situação/ambiente que consome nossa paz, mesmo quando já tivemos conversas difíceis antes.
Venho analisando qual a linha entre resiliência e limite. Até onde devemos persistir porque há algo ali que precisamos aprender - uma qualidade por melhorar, um hábito por adquirir - e quando o tema já foi maturado o suficiente para abandonar o campo de batalha?
Já viveu algo assim? Em que não sabe se vale mais a pena estar na cena porque o esforço empreendido parece não corresponder ao ganho?
Na jornada terapêutica aprendemos que um ponto de inflexão pode ser quando aquele assunto já não nos provoca tamanha reatividade, não funciona como um gatilho, deixa de reverberar na sua mente e no seu corpo.
Como a vida é intrigante e propõe seus desafios, esse tipo de sinal nem sempre é linear. Às vezes, podemos interpretar que está tudo resolvido por dentro, mas vem uma nova camada reveladora para a lição derradeira. “Pois é, ainda tinha algo mais a perceber nisso tudo.”
Ser melhor para mim no próximo ano vai passar, sobretudo, por valorizar ainda mais o meu tempo, saúde e energia. Será o repetir de forma recorrente: Isto é importante? É necessário? Vale o esforço?
Talvez as perguntas de avaliação alternem para - Com isso, vou ser uma pessoa melhor? Vai levar minha vida para a frente?”. A ponderação se ajusta no percurso, tendo sempre em vista que a sabedoria já reside dentro de mim.
E você, o que deseja levar para 2025?
Levo para 2025 o foco na família, saúde e trabalho!
Eu digo não com frequência a um bom tempo, claro que não impede um ou outro tropeço.
Autoconhecimento sempre em reflexão diária.
De 2020 para os dias atuais, foram muitos pontos de inflexão, isso é ótimo.
Juntos, os temas se complementam e resultam no vício de perseguir e conseguir mudar.
E essa mudança me dá resultados absurdos no desenvolvimento daquilo que quero levar para 2025, o foco na família, saúde e trabalho!